Salomão: Autor, Rei da Sabedoria e Poeta dos Salmos Sapienciais
Estudo completo sobre Salomão, o principal autor dos livros sapienciais (Provérbios, Eclesiastes, Cantares) e seu legado no Saltério. Entenda como a sabedoria divina moldou sua escrita e o alerta de sua queda.
AUTORES DOS SALMOS
Daniel Corrêa
11/27/20255 min ler
1. INTRODUÇÃO
Salomão, filho de Davi, foi um monarca de privilégios e paradoxos. Herdou não apenas o trono de Israel, mas também a sensibilidade espiritual e o legado poético de seu pai. Sua vida é marcada por um início de rara sabedoria e brilho, seguido por uma profunda e trágica decadência espiritual.
Neste artigo, exploraremos como Salomão foi moldado por Davi, como sua sabedoria se tornou o fundamento dos livros poéticos e sapienciais da Bíblia, e como sua vida, registrada no Saltério e em seus próprios escritos, serve como um alerta eterno sobre a necessidade de fidelidade constante a Deus.
2. CONTEXTO
Apesar de a maioria dos Salmos ser atribuída a Davi, Salomão é um autor crucial na arquitetura da Bíblia, atuando como a ponte entre a Poesia Lírica (Davi) e a Literatura Sapiencial (Salomão).
2.1. O Privilégio da Herança
Salomão nasceu da união entre Davi e Bate-Seba. Ele foi escolhido por Deus para suceder o pai (1 Reis 1:30) e recebeu conselhos paternos diretos sobre como governar com justiça e temor a Deus (1 Reis 2:1-4). Davi, o "homem segundo o coração de Deus," sabia que o sucesso de um rei dependia da obediência à Lei do Senhor. Salomão, ao crescer imerso nos Salmos de seu pai, absorveu a linguagem da adoração, da confissão e da busca pela sabedoria.
2.2. A Origem da Sabedoria
O ponto de virada de Salomão foi seu encontro em Gibeão, onde ele pediu a Deus discernimento para governar (1 Reis 3:5-9). Este pedido, que agradou a Deus, lhe concedeu a sabedoria lendária que se manifestou em julgamentos (como o famoso caso das duas mães - 1 Reis 3:16-28), administração e, principalmente, na Literatura.
3. O LEGADO DE SALOMÃO
Salomão é tradicionalmente reconhecido como o principal autor dos três livros sapienciais e de salmos fundamentais, solidificando seu papel como o poeta-rei da Sabedoria.
3.1. O Foco da Literatura Sapiencial
O legado de Salomão reside em textos que buscam o significado da vida e a aplicação prática da fé:
Provérbios: Uma vasta coleção de aforismos que condensam a sabedoria divina em conselhos práticos e espirituais para a vida cotidiana. A mensagem central é que "o temor do Senhor é o princípio do conhecimento" (Provérbios 1:7).
Eclesiastes: Uma reflexão existencial profunda sobre a vaidade (hevel no hebraico, que significa sopro/vapor) de buscar sentido nas coisas terrenas (riquezas, prazeres, poder).
Cantares de Salomão: Uma celebração poética do amor humano e conjugal, frequentemente interpretada alegoricamente como um reflexo do relacionamento de Deus com Seu povo (ou de Cristo com a Igreja).
3.2. A Contribuição de Salomão no Livro de Salmos
Salomão contribuiu diretamente para o Livro de Salmos, deixando ensinamentos sobre a soberania de Deus na construção e na vida familiar:
Salmo 72: É um salmo régio (de realeza), atribuído a Salomão, que ora por um rei justo que defenderá os pobres e exercerá domínio.
Salmo 127: Um cântico de degraus essencial, que fala sobre a futilidade do esforço humano sem a bênção divina: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam." Este salmo resume a falha final da sua própria vida: ele construiu o Templo, mas falhou em edificar sua própria fidelidade.
3.3. O Paradoxo do Fim: Sabedoria sem Obediência
O reinado de Salomão começou com a construção do Templo de Jerusalém (1 Reis 6), o ápice da sua devoção. No entanto, sua vida terminou em tragédia espiritual.
A Queda: Ele casou-se com 700 esposas e 300 concubinas estrangeiras que o desviaram, influenciando-o a construir altares para divindades pagãs (Astarote e Moloque), violando diretamente os mandamentos.
A Lição de Fidelidade: Seu fim demonstra que sabedoria intelectual sem obediência prática e fidelidade constante não é suficiente. Por causa de sua apostasia, Deus anunciou que o reino seria dividido após sua morte (1 Reis 11:11).
5. CONCLUSÃO
Salomão foi o rei da prosperidade e o poeta da reflexão. Seu legado literário nos Provérbios, Eclesiastes e no Saltério convida-nos a buscar o sentido e a beleza da vida no temor a Deus.
Contudo, sua história é, acima de tudo, um alerta dramático: o maior presente de Deus (a sabedoria) pode ser desperdiçado sem a fidelidade do coração. Para que a sua vida não seja "vaidade", é vital não apenas ler seus livros, mas aprender com seus erros.
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RECAPITULAÇÃO
Use estas perguntas e respostas para fixar o estudo e maximizar o ranqueamento:
Qual é o legado de Salomão no Livro de Salmos?
Salomão é um dos principais autores minoritários do Saltério, sendo-lhe atribuídos, por exemplo, o Salmo 72 (um salmo régio) e o Salmo 127 (um cântico sapiencial sobre a futilidade da construção sem Deus). Sua maior contribuição está nos livros sapienciais que compôs: Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão.
Por que a sabedoria de Salomão é lendária?
A sabedoria de Salomão se tornou lendária porque ele a pediu a Deus com humildade, buscando discernimento para governar e julgar Seu povo com justiça, em vez de pedir riqueza ou poder (1 Reis 3:9). Sua sabedoria manifestou-se na resolução de disputas, na vastidão de seu conhecimento natural e em sua vasta produção literária.
Quais livros poéticos e sapienciais da Bíblia foram escritos por Salomão?
Salomão é tradicionalmente reconhecido como o principal autor dos três livros sapienciais: Provérbios, que é uma coleção de aforismos sobre a vida prática; Eclesiastes, uma reflexão profunda sobre a vaidade (hevel) da vida terrena; e Cantares de Salomão, que celebra o amor humano.
O que a vida de Salomão nos ensina sobre sabedoria e fidelidade?
A vida de Salomão nos ensina que a sabedoria intelectual não é garantia de fidelidade espiritual. Apesar de ser o homem mais sábio de seu tempo, ele se deixou corromper pelo paganismo introduzido por suas esposas estrangeiras, violando os mandamentos de Deus. Sua história é um alerta de que a sabedoria deve ser acompanhada de obediência prática e de um coração firme no Senhor.
